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Funceb abre exposição da 8ª edição do Prêmio Pierre Verger

 A Fundação Cultural do Estado (Funceb) abre exposição da 8ª edição do Prêmio Pierre Verger no Palacete das Artes


                                        Imagem: Funceb abre exposição da 8ª edição do Prêmio Pierre Verger                                             Foto: Diego Sei


De 4 de novembro (119 anos do nascimento de Pierre Verger) a 30 de janeiro de 2022, a Fundação Cultural do Estado (Funceb) realizará a exposição coletiva do 8º Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger no Palacete das Artes, no bairro da Graça, em Salvador. A visitação será gratuita, sujeita aos protocolos sanitários decorrentes da pandemia.

Um dos principais concursos da área, o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger homenageia o legado do fotógrafo, etnólogo, antropólogo e pesquisador francês que viveu grande parte da sua vida na cidade de Salvador. Nesta 8ª edição, artistas concorreram em três categorias: Livre temática e técnica, que buscou um ensaio fotográfico documental de forma livre; Ancestralidade e Representação, que recebeu ensaios abordando a etnofotografia enquanto possibilidade de registro e interpretação dos aspectos relacionais, familiares e sociais no Brasil; e Questões Históricas, para propostas que dialogam com o momento histórico contemporâneo do país.

Em caráter inédito desde a primeira realização, em 2008, os ensaios fotográficos inscritos no prêmio foram analisados por uma Comissão de Seleção formada a partir de Consulta Pública realizada pela Funceb, entre junho e julho deste ano, que analisou cerca de 700 propostas vindas de vários estados brasileiros.

Compuseram a comissão a escritora, curadora independente e pesquisadora, Diane Lima; Eder Chiodetto, mestre em Comunicação, jornalista e editor; Marcela Bonfim, fotógrafa formada em Ciências Econômicas, especialista em Direitos Humanos; Célia Aguiar, fotógrafa e artista visual, que integra a Coordenação de Artes Visuais da Funceb; e Eriel Araújo, premiado na 7ª edição do Prêmio com o projeto ‘Civilidade’.

Premiação & exposição

Nesta 8ª edição, além do prêmio de RS 30 mil para três ensaios fotográficos, também foi selecionada uma proposta para residência artística premiada no valor de R$ 10 mil, realizada em parceria com o Instituto Sacatar, em Itaparica; outros 11 ensaios fotográficos, que junto aos quatro premiados, integrarão o Catálogo Virtual e a Exposição Coletiva (física e virtual) do Prêmio.

Carolina Krieger (SC), premiada na categoria Ancestralidade e Representação com o projeto ‘Até que voo e pouso se reconheçam asa’, traz no seu ensaio uma reflexão sobre o autoconhecimento como uma possibilidade de potência heróica. Washington da Selva (MG), premiado na categoria Questões Históricas com o ensaio ‘Lastro’, apresenta uma pesquisa de imagens realizada em arquivos nacionais para rememorar o trabalho de seus familiares agricultores.

Hirosuke Kitamura, ganhador do prêmio Livre Temática e Técnica com o ensaio ‘Atração Gravitacional’, provoca o pensar sobre as tensões do corpo em ambientes tumultuados. O baiano Diego Sei, Prêmio Residência Artística, apresenta o ensaio ‘Onde a casa começa’, realizado na ilha de Boipeba, em comunidades tradicionais das famílias de origem afro-indígenas, buscando defender o reconhecimento e a demarcação do território de pescadores e marisqueiras tradicionais da ilha.

Além dos premiados, estarão na exposição os artistas fotógrafos Bauer Sá (Corpos, cadeira e luz), Lita Cerqueira (Bahia de Yayá´e Yoyô), Vanessa Pataxó (Anemãvey Pataxó – Casamento Pataxó). Rodrigo Masina Pinheiro e Ton Zaranza (Não leve flores), Renata Voss Chagas (Prova de Contato), Duo Paisagens Móveis de Maria Vaz e Bárbara Lissa (Quanto tempo dura uma tonelada), Paula Sampaio (Sob a pele ossos da memória), Anna Menezes (Corpos Sedimentados), Uiler Costa (A cosmologia da maré baixa – Coroas), Adriano Machado (Estudos sobre natureza-morta) e André Lago (Caiporas).

Para o curador da mostra, Eder Chiodetto, “vistas em perspectiva, essas obras propõem um olhar profundamente humanista e altruísta. Tratam-se de imagens que idealizam sanear distorções históricas, aproximar contrários, coibir preconceitos, saudar a existência, inibir a intolerância, investir no diálogo e acreditar na arte, na ciência, na educação e no afeto”.

Fonte: Ascom/Funceb