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Refutando argumentos de Marcos Eberlin e Rodrigo Silva no Flow

Refutando argumentos do químico Marcos Eberlin e do arqueólogo Rodrigo Silva no Flow Podcast da última quarta-feira (22)

imagem: universo


Comentários objetivo sobre o vídeo do canal Flow Podcast, publicado no Youtube na última quarta-feira (22) - MARCOS EBERLIN + RODRIGO SILVA ARQUEOLOGIA - Flow #191

No Flow de quarta-feira (22), contou com a participação de duas pessoas muito conhecidas na web, o arqueólogo Rodrigo Silva e o químico Marcos Eberlin para falar dos seus pontos de vista criacionista, desconstruindo afirmações científicas estabelecidas, antagônicas às suas.

O objetivo deste artigo não é desacreditar nenhuma religião, em especial o cristianismo que tem uma importância crucial em nossa sociedade. É importante refutar o pensamento daqueles que as representam e que querem distorcer pensamentos estabelecidos no mundo acadêmico e não apresentam dados verdadeiramente razoáveis; as ciências têm mecanismos de confirmação de fatos que são submetidos aos seus pares, sem viés político ou ideológico. Mesmo admitindo que alguns religiosos tiveram papel de protagonismo na origem das ciências.

16:45 - Rodrigo Silva fala que ouviu médicos defendendo a vacinação com todos os argumentos médicos, e médicos criticando a vacinação com todos os argumentos médicos. Rodrigo não fala abertamente que é contra a  vacinação, contudo fica demonstrado a sua posição negacionista neste tema.

22:25 - Marcos Eberlin ele argumenta que 75% dos continentes foi coberto por animais marinhos, teria sido devido ao dilúvio bíblico,  ele conclui que a vida não teve origem lenta e gradual, também fala que o carbono-14 é ótimo para datação que teria sua vida em 5730 anos e que todos os fósseis têm carbono-14, admitindo posteriormente que ele pode ter até 30 mil anos.

5730 anos é apenas a meia-vida do carbono-14 ele é muito bom para fazer datação até 30 mil anos ou até 50 mil para outros, o fato de ter fósseis antigos com carbono-14 não é prova de que não são muito mais antigos, esses fósseis podem ter milhões de anos e terem esse elemento químico, por processo de contaminação. Para dar credibilidade às suas ideias, Marcos fala que tem mais de 50 artigos científicos publicados em revistas, defendendo esse ponto de vista.

37:00 - Rodrigo Silva usa de argumentos que refutam a fala anterior de Marcos Eberlin ao dizer que eventos como terremotos podem ser exemplo de aterramento dos animais,  o que poderia dar início ao processo de fossilização. Anteriormente à sua fala o Marcos disse que a fossilização  dos animais precisaria de uma evento cataclismo de grande magnitude, e na opinião dele, só o dilúvio seria capaz de produzir fósseis em grande magnitude. Os terremotos ocorrem o tempo todo, em tempos mais remotos devem ter sido muito mais constantes.

39:50 - Marcos Eberlin argumenta que carne só duram alguns dias fora da geladeira e diz que tinha estimativas que material orgânicos depositados em rochas não poderiam durar mais do que 200 anos.

Não existe nada documentado que prove a convivência dos homens com os dinossauros nas sociedades primitivas que detinham a escrita que datam de mais de 5 mil anos.

54:48 - Rodrigo Silva defende a ideia de ter nas universidades professores, ateus, agnósticos e evolucionistas, fala também dos espaços nas instituições de ensino para negros, mulheres e pessoas com orientação diferentes; ele alega que falta respeito para os religiosos.

01:22:00 - Marcos Eberlin diz que a quantidade de cientistas que acreditam em Deus,  são 90% dos ganhadores do Prêmio Nobel, sendo 67% de cristãos, 22% de judeus e 10% de ateus. Analisando esses percentuais, aparece uma grande inconsistência; onde Marcos achou 22% de judeus com Nobel, sabendo que Israel tem 12 pessoas com essa honraria e a população de judeus morando fora de Israel não excede o dos que moram naquele país; somente 1% seria para todos os outros cientistas que tem um outro tipo de fé diferente.

01:47:00 - Marcos Eberlin fala que não há nenhuma estrela em formação no universo, como em algumas décadas ou séculos, fosse o suficiente para ver uma estrela sair da fase de formação para a sua criação de fatos.

02:19:45 - Marcos Eberlin afirma que o universo tem apenas 6 mil anos, o que mais uma vez vai contra a datação do carbono-14, que ele mesmo admite que pode ser usado para datação com até 30 mil anos.

02:42:00 - Rodrigo fala que estão querendo tirar o mais importante que Deus deu pra você, o livre arbítrio. 
Sobre o livre arbítrio é muito relativo, não escolhemos onde nascemos, não escolhemos os nosso pais, não escolhemos a nossa religião, as pessoas em nosso tempo é que escolhe.
Qual seria a possibilidade de você seguir o Zoroastrismo morando no Brasil?
Qual seria a possibilidade de alguém ser um cristão morando no Irã?
Onde está o livre arbítrio nesses casos.
As nossas escolhas são limitadas por uma série de fatores que são estranhos às nossas vontades; o livre arbítrio é limitado pelo meio.
Uma pessoa não pode escolher qualquer uma das infinitas profissões, seja por sua limitação física, seja pela não adaptação a um determinado tipo de trabalho, ou por não existir no seu meio, ou por sua limitação intelectual.
Podemos fazer escolhas limitadas por uma série de fatores.

03:31:05 - Rodrigo Silva admite que as amostras objeto de estudos que contém carbono-14 podem ser contaminadas pelo meio ambiente.

04:16:11 - Marcos Eberlin fala das colisões das galáxias e ironiza, dizendo que deveria haver muitas galáxias amassadas. 

Ele deve ser sabedor que existe muito espaço vazio no universo; só pra ter uma idéia, a distância da terra para lua é de 384.400 km e Marte está a mais de 54 milhões de quilômetros de nós.

Ainda que a teoria do Big Bang esteja errada, como afirma Marcos Eberlin, existem outras teorias científicas que podem explicar a origem do universo.

Os Telescópio Espacial Hubble e o James Webb não refutou a teoria do Big Bang


Algumas das principais teorias do universo:

Big Bang: esta é a teoria mais amplamente aceita e apoiada pela evidência científica atual. De acordo com a teoria do Big Bang, o universo começou como uma explosão enorme e violenta há cerca de 13,8 bilhões de anos. Desde então, ele tem continuado a se expandir e esfriar.

Teoria do Estado Estacionário: esta teoria propõe que o universo não teve um começo único, mas sempre existiu e sempre existirá. A teoria do estado estacionário sugere que o universo está constantemente criando matéria nova para preencher o espaço deixado pela expansão contínua do universo.

Teoria do Universo Cíclico: esta teoria propõe que o universo passa por ciclos infinitos de expansão e contração. Cada ciclo começa com um Big Bang e termina com um colapso gravitacional que cria um novo Big Bang.

Teoria das Cordas: esta teoria propõe que o universo é composto de cordas infinitamente pequenas, que vibram em diferentes frequências e formam todas as partículas subatômicas e as forças fundamentais da natureza. Segundo essa teoria, o Big Bang foi o resultado da colisão entre duas membranas de dimensões extras.


Referências:

Artigos publicados em revistas científica que fala da datação dos dinossauros

"Radiometric dating of the Late Cretaceous continental vertebrate fossil record of Argentina" de Federico L. Agnolín, Matías J. Motta e Sérgio F. Vizcaíno. Publicado na revista Cretaceous Research em 2018, este artigo apresenta uma análise da idade das formações geológicas onde foram encontrados fósseis de dinossauros na Argentina, com base em várias técnicas de datação radiométrica.

"High-precision U-Pb zircon geochronology of the Late Cretaceous dinosaur eggs from the Songliao Basin, NE China: Implications for the egg-based correlation of continental strata" de Xiaolin Wang, Zhiqiang Li, Wensheng Wu, Hailian Shi e outros. Publicado na revista Gondwana Research em 2020, este artigo descreve a datação de ovos de dinossauros encontrados na Bacia de Songliao, na China, usando a técnica de datação por urânio-chumbo.


Artigo científico publicado em revista especializada que falam da teoria da terra jovem

A teoria da Terra Jovem é uma posição minoritária dentro da comunidade científica e não é apoiada pela grande maioria dos geólogos, paleontólogos e outros cientistas da Terra. Como resultado, há relativamente poucos artigos publicados em revistas especializadas que tratam da teoria da Terra Jovem. No entanto, existem alguns artigos que abordam a teoria em diferentes contextos, como por exemplo:

"Radiometric Dating: A Christian Perspective" de Roger C. Wiens. Publicado na revista American Scientific Affiliation em 2002, este artigo discute a ciência por trás da datação radiométrica, um dos principais argumentos usados pelos defensores da Terra Jovem.


Datação urânio-chumbo

Em colaboração com George Tilton,Clair Patterson desenvolveu o método de datação urânio-chumbo e, utilizando chumbo isotópico do meteorito de Canyon Diablo, ele foi capaz de calcular a idade do planeta Terra, hoje estabelecida em 4,55 bilhões de anos, uma datação muito mais precisa do que aquela existente na época e que sofreu poucas mudanças desde 1956.


Divulgação cientifica 

Segundo o Pirulla, vários fósseis são encontrados em sedimento que possui urânio, um dos elementos responsável pelo decaimento do urânio é o carbono-14, sempre vai ter um pouco  de carbono-14 nas amostras porque o urânio está decaindo, pelo menos parte das amostras dos criacionista bíblico veio dos Estados Unidos, onde tem grande parte destas rochas com urânio.